DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS

PVB
Há quarenta anos o 25 de Abril dava origem a um novo ciclo de democracia em Portugal. À euforia e ao otimismo iniciais, seguiu-se a adesão à CEE e tudo parecia correr sobre rodas. O que aconteceu desde então é do conhecimento geral e pode resumir-se numa frase: o poder político aburguesou-se, sucumbindo a inúmeros vícios e tentações.
Compete-nos a nós, enquanto cidadãos, fazer algo para reverter esta situação e devolver a “saúde” à democracia portuguesa, criando um novo partido político: o Partido Voto Branco - PVB.
A missão deste novo partido é clara: permitir democraticamente aos cidadãos materializar de forma eficaz a sua descrença generalizada na classe política que nos governa. O tamanho da nossa representação parlamentar será o barómetro que traduzirá o descontentamento dos portugueses e estará omnipresente no dia-a-dia da classe política, de forma pública e notória.
Daremos corpo e alma aos que não se revêm em nenhuma das soluções apresentadas pelos partidos do costume e em simultâneo estaremos a retirar-lhes poder e margem de manobra parlamentar. Em circunstância alguma utilizaremos esse poder em proveito próprio, pois nunca viabilizaremos quaisquer soluções legislativas ou governativas.
Não somos apenas mais um partido político, os nossos princípios são a génese da nossa identidade e o motor da nossa atuação. São o que nos torna únicos. É pois fundamental dá-los a conhecer de forma inequívoca:
  • Ausência Total de Ambição pelo Poder - em circunstância alguma utilizaremos o poder depositado no nosso partido em proveito próprio, pois nunca viabilizaremos quaisquer soluções legislativas ou governativas. A nossa essência é saber resistir ao fascínio do poder, mantendo-nos absolutamente neutros em relação a ele. Tal torna-nos independentes, isentos e imunes a qualquer “lobby” politicamente instituído.
  • Convergência - procuraremos construir soluções políticas que vão de encontro aos reais anseios do vasto leque de eleitores, que até aqui não se reviam em nenhum dos partidos existentes, restando-lhes a opção de não votar, ou expressarem-se através de um voto branco ou um voto nulo, por falta de opção. Queremos trazer de novo os portugueses para a vida política ativa, garantindo uma participação maciça nos atos eleitorais, com o correspondente enriquecimento democrático das soluções governativas encontradas.
  • Pluralismo - não queremos “partidarizar” a discussão, não combateremos nem partidos políticos nem ideologias, acreditamos no debate de ideias franco e aberto. Com a nossa conduta vamos dar voz a todos os portugueses, cujos interesses reais são desde há muito tempo ignorados pela classe política. Queremos ajudar a construir uma sociedade com uma opinião esclarecida e uma participação ativa, na vida pública democrática.
  • Renovação - Está claro para todos que as velhas fórmulas que funcionaram no passado não funcionarão no futuro. Assistimos como meros espectadores a inacreditáveis e incompreensíveis manifestações de apego ao poder. Queremos contribuir para a imperiosa e urgente renovação da classe política, através de novos rostos, novos discursos e novas práticas, baseadas em realismo e honestidade.
  • Transparência - Todas as nossas atividades serão tornadas públicas e utilizaremos no nosso discurso uma linguagem frontal, clara e isenta de demagogia. Seremos a voz da sociedade civil, não estamos cá para nos ouvir, estamos cá para nos fazer ouvir em nome de todos os portugueses. Sem políticos de carreira nas nossas fileiras, estamos cá para servir publicamente os portugueses e não para nos servirmos deles.
O caráter arrojado e inovador das nossas propostas, consolidado pela robustez dos nossos princípios e guiado pelo entusiasmo dos nossos ativistas deixa-nos confiantes quanto à tarefa de levarmos a bom porto a nossa dura e ambiciosa missão. Como se impõe, trabalharemos a mudança de dentro para fora do sistema, com o mais profundo respeito pelas regras da conduta democrática, forçando à regeneração dos partidos políticos e das demais instituições democráticas. Só assim seremos capazes de devolver a Portugal a dignidade, a credibilidade e o respeito pelos legítimos interesses dos cidadãos que dele fazem parte.
Uma boa ideia não tem rosto, tem pernas para andar.

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